Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os primeiros tempos na Grã-Bretanha


Enquanto decorriam as negociações para o acolhimento da família real portuguesa exilada, que permanecia em Gibraltar.

A 11 de Outubro chega a Gibraltar o cruzador italiano Regina Elena, que acolheria a rainha D.Maria Pia avó de D.Manuel que decidira regressar à sua pátria. No dia 16 embarca para Itália e D.Manuel e seu tio D.Afonso que vira negado pelo governo italiano a possibilidade de acompanhar sua mãe, bem com D.Amélia, embarcam igualmente para Inglaterra, onde chegaria a 19 de Outubro, aportando a Plymouth e seguindo depois para um palácio propriedade do duque de Orleans irmão de D.Amélia e pretendente ao trono francês.

Por razões diplomáticas só no dia 28 de Outubro o rei Jorge V e a sua mulher, visitaram D.Manuel em Woodnorton assim se chamava a propriedade onde se acolhera. A visita fora considerada como particular, portanto sem significado político.

A situação financeira era difícil, apenas dispunha de 20 000 libras resultante dum seguro de vida, que seu pai havia feito, não sabendo se o governo provisório republicano, lhe entregaria o rendimento da casa de Bragança, que havia decretado o banimento da família real, até ao 4º grau, abrangendo com isso o ramo miguelista da família, decidindo também que oportunamente se regularia a situação material da família real exilada.

Poucos dias depois o governo provisório, proclamam os palácios da Ajuda, Necessidades,Belém, Mafra, de Sintra e da Pena, como propriedade nacional, mas deixa os de Vila Viçosa, Bacalhoa e do Alfeite, como propriedade privada da Casa de Bragança, cujos rendimentos pertenceriam ao rei deposto.

Tudo parecia encaminhado para que a situação financeira da família real exilada, tenderia a melhorar, ver-se-á que a habitual burocracia nacional e o tradicional zig-zag político, impedirão a resolução dessa questão

Sem comentários: