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terça-feira, 23 de novembro de 2010

A presença de Paiva Couceiro na Galiza



A figura de Paiva Couceiro foi perante o desenrolar dos acontecimentos, quer durante os dias da revolução republicana, quer nos tempos que se seguiram, a grande figura militar da resistência republicana

O respeito com que foi tratado nos primeiro tempos da Republica que nunca pretendeu antagoniza-lo, por reconhecer o seu passado, não obstante a resistência armada que tentou opor aos revoltosos, não colheu os frutos que o governo provisório pretendia, até que o manifesto que Couceiro entregara ao governo provisório em 18 de Março de 1911 no qual concedia aquele órgão republicano 24 horas para decidir, efectuar um plebiscito nacional para que fosse entregue ao povo a decisão de escolher entre a Monarquia e a República, veio precipitar a rotura dele com o poder Republicano

A decisão do governo de o mandar prender, não foi conseguida, porque avisado a tempo Paiva Couceiro, refugia-se em Vigo na Galiza, para onde embarcou saindo num paquete inglês.

Esta tomada de posição de Couceiro, vem animar não só o grupo de emigrados que lá se encontrava, no sentido de formar um movimento que pudesse provocar um levantamento nacional em Portugal que restaurasse a monarquia, confiantes que uma vez entrado em Portugal, a população os seguiria em massa.


Couceiro porém, passou a considerar que esse movimento que iria entrar em Portugal, se deveria apresentar como um movimento neutro, no sentido em que pensava fazer restaurar a monarquia de acordo com o resultado do plebiscito que ele exigira ao governo provisório.

Parece contraditaria esta posição de Paiva Couceiro, face ao seu arreigado apego à Monarquia, que só se explicará, pelo seu apego ainda maior, à sua própria palavra, pois não devemos esquecer que foi esse o teor da exigência que fizera ao governo provisório, para além do facto de estar absolutamente convencido que a causa monárquica, não deixaria de vencer esse referendo

Contudo esta atitude não agradou a D.Manuel, que pretendia que esse movimento se fizesse em torno da sua própria figura, como rei legítimo de Portugal e não através da eventualidade, do resultado dum referendo.

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