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domingo, 19 de dezembro de 2010

A situação financeira dos revoltosos da Galiza

A situação de Paiva Couceiro e dos outros monárquicos na Galiza, também não conhecia grandes momentos sobretudo do ponto de vista financeiro, porque sem o auxilio de D.Manuel, não seria fácil obter o dinheiro suficiente,

Pretendiam os eventuais financiadores a garantia de letras aceites por ele e sacadas pelo Marquês de Soveral, mas que naturalmente trazia a D.Manuel e aos seus conselheiros as maiores dúvidas, para além de tudo o mais a posição do movimento rebelde neutral, no que ao candidato real dizia respeito.

Masmo sob o ponte de vista organizativo, o movimento da Galiza, não oferecia qualquer tipo de garantia, baseando os seus planos em suposições não confirmadas no que aos apoios dizia respeito.

Essas movimentações na Galiza, motivaram os protestos do Ministro dos negócios estrangeiros de Portugal Augusto de Vasconcelos, junto da coroa espanhola, que levaram Afonso XIII a determinar a saida de Couceiro e outras figuras ali refugiadas a abandonar a provincia de Pontevedra. Mero pró-forma diga-se, atendendo à simpatia que alfinso XIII tinha por aquele movimento, apenas levou a alguma rotação entre os locais de permanência.

Entretanto por influencia de Lavradio, em Paris, junto da comunidade monárquica ali residente, conseguiu reunir assinaturas que se responsabilizaria por 100.000 libras, o que era bem insuficiente, atendendo aos planos existentes que passavam pela aquisição de navios de guerra.

De Paris confirmava-se o notícia, que os bamqueiros preferiam, mesmo assim a assinatura de D.Manuel para um empréstimo de 8 milhões de francos, que não estava decididamente interessado em assumir, pelas razões já referidas



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As divergências entre monárquicos

A opinião de D.Manuel continuava a ser a de não manifestar publicamente qualquer indicio revelador de manifestação política, no que era seguido por grande parte dos seus amigos atendendo a que a Europa aceitava o actual estado das coisas em Portugal.

Opinião não unânime porque existia outra facção monárquica que considerava haver condições para a restauração monárquica, que representaria o sentimento de grande parte dos oficiais do exército, Esse grupo exigia que o regresso de D.Manuel a Portugal acontecesse só depois de casado, que D.Amélia não voltasse a Portugal sem autorização do futuro Parlamento e que grande parte dos seus amigos fosse substituída.

Os termos destas condições foram transmitidas pessoalmente a D.Manuel, pelo conde de Penela que segundo o testemunho do marquês do Lavradio " estou vendo o rubor de indignação que subiu as faces de el-rei e ainda hoje admiro o seu sangue frio, não pondo o emissário na rua". Mais tarde depois da entrevista, ter-lhe-á dito com lágrimas nos olhos,
"Por este preço nem todas a coroas do Mundo"

Tanto neste post como no anterior se podem constatar as relações difíceis que existiam menos de 6 meses depois da revolução republicana, entre D.Manuel os monárquicos, ou peno menos alguns monárquicos, já que grande parte deles procurava rapidamente acomodar-se na nova estrutura republicana, convertendo-se à causa que afinal nunca abandonaram, a sua própria.