Após a partida da Ericeira o iate D.Amélia, contrariando a vontade de D.Manuel de rumar ao Porto para assumir a liderança da resistência contra a revolta republicana, mas da qual fora dissuadido perante a possibilidade de guerra civil que lhe foi colocada.
O ambiente era tenso e assim permaneceu até à chagada a Gribraltar. Durante a viagem e nas poucas conversas que manteve D.Manuel afirmou não ter sido apanhado de surpresa pelo acontecido, pois esperava que alguma coisa acontecesse.
Chegaram a Gibraltar a 7 de Outubro sendo recebidos pelo governador que se deslocou a bordo e que trazia notícias de Portugal, que não correspondiam aos anseios do rei, que esperava que pelo menos o norte tivesse oferecido resistência. Tal não aconteceu porque o Porto, também tinha aderido à República.
A família real decidiu permanecer no iate, mas D.Manuel escreveu a Jorge V, explicando-lhe as razões porque escolhera Gibraltar ao mesmo tempo que decidiu que não queria mas saudações militares devidas a chefe do Estado, preferindo ser tratado como cidadão vulgar, mandando arrear o pavilhão real.
Entretanto atendendo ao evoluir dos acontecimento, D.Manuel queria era seguir para Londres e devolver o iate a Portugal. Decidiu então aceitar a hospitalidade de Gibraltar, instalando-se no palácio do governador, rumando o iate e a sua tripulação para Portugal.
As negociações com a coroa inglesa prosseguiam então, para que fosse acolhida a família real, porém havia que respeitar as relações entre os 2 países pelo que Jorge V decidiu não enviar nenhum barco de guerra, para os recolher, optando por enviar o seu iate pessoal o Victoria and Albert para os transportar.
Outra questão importante era a da declaração por parte da Inglaterra a reconhecer o novo regime implantado em Portugal, que ficou estabelecido seria feito em curto prazo, dada a aparente irreversibilidade da mudança de regime.
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