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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Manifesto de Baiona

A partir da obdiencia declarada pelos integralistas a D.Duarte Nuno,  a que igualmente aderiram os legitimistas e porque o herdeiro reconhecido do trono de Portugal, tinha apenas 12 anos da altura, levou a que a sua tia D-Maria Aldegundes de Bragança, irmã de seu pai dirigisse à Nação Portuguesa um manifesto na sua qualidade de regente à revelia, onde apresentava  a 29 de Junho de 1921, um verdadeiro programa institucional monárquico, que desejava restaurar

Nesse documentos eram relançadas as teses políticas integralistas  de implantação duma monarquia tradicionalista representativa das famílias, dos municípios, da inteligência e do trabalho, enunciando-se programas de defesa e de fomento para o país e para as colónias. A reposição da posição da Igreja Católica dos seus privilégios e liberdades espirituais, postas em causa nos tempo republicanos.

Ao invés de D.Manuel assumia em nome de D.Duarte Nuno, o propósito de participar numa sublevação violenta para restaurar a monarquia


sábado, 17 de novembro de 2012

A obediência do Integralismo Lusitano a D.Duarte Nuno

 
Após terem repudiado a obediência a D,Manuel, os integralistas iniciaram negociações com o ramo miguelista dos Braganças. Estando vivo ainda D.Miguel II e dois dos seus filhos D.Miguel de Bragança e D.Duarte Nuno, já que o segundo filho de D.Miguel II, D.Francisco José tinha já falecido em 1919. Uma delegação da Junta central do Integralismo deslocou-se a Bronnbach, a residência da família na Alemanha para estabelecer um acordo visando a sucessão do trono de Portugal

Na sequência desse contactos D.Miguel II viria a abdicar no dia 31 de Julho de 1920. dos seus direitos sucessórios no seu terceiro filho varão D.Duarte Nuno, que teria a 2 de Setembro o reconhecimento e a obediência do Integralismo Lusitano que acrescentaria a quem na sua falta aquela das suas infantas irmãs a quem de direito pertencer a sucessão.

Acrescente-se  a título de curiosidade, que por acaso, eram 7, uma fruto do primeiro casamento de seu pai e 6 do segundo casamento com D.Maria Teresa 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A rotura com o Integralismo Lusitano

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As mologradas tentativas restauracionistas trouxeram a lume enormes divergências entre D.Manuel II e o Integralismo Lusitanos um movimento formado por monárquicos, transformado em organização política após a entrada de Portugal na guerra.

Aquela organização contestara a atitude de D.Manuel considerando que o seu papel de apoio à insurreição restauracionista em Portugal, fora dúbia e demasiado ténue.

D.Manuel nunca escondera que considerava a tentativa um pouco precipitada, por não estar garantido o apoio popular que sustentaria o êxito do golpe, mas nunca pusera de parte o objectivo de um dia regressar a Portugal, não tendo nunca abdicado dos seus direitos de rei, tendo por esse motivo ficado muito consternado pela injustiça com que a seus olhos fora tratado por aquela organização.

No dia 16 de Setembro em Eastbourne, D.Manuel recebe Paquito Rebelo e Almaeida Braga, enviados por aquela organização de quem recebe uma mensagem na qual expunham os eu propósitos e aspirações , mas que a olhos de D.Manuel não passaram de um inaceitável ultimato, exigindo-lhe que proclamasse líder duma nova revolução em Portugal, além duma declaração expressa onde  D.Manuel , repudiasse a Monarquia Constitucional.

A recusa de D.Manuel em aceitar o ultimatum proposto, veio a conduzir que no dia 20 de Outubro aquela organização publicasse no seu jornal A Monarquia um documento onde declaram desligar-se da obediência a D.Manuel que FORA REI DE PORTUGAL

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A monarquia do Norte-O fim

Depois do fim da ocupação de Monsanto, segundo o governo republicano, era preciso acabar com a rebelião no Norte. Embora no Porto, as notícia do que acontecera em Lisboa trouxessem grande consternação aos monárquicos , mas a formação do governo de Relvas acabaria com ambiguidades e o país tinha que escolher entre o regresso dos democráticos ou o do Rei.

Os revoltosos do norte tinham formado uma Junta governativa, presidida por Couceiro que acumulava com os ministérios da Guerra e da Marinha, Sollari Allegro no Reino, Luis Magalhães nos Estrangeiros o Comércio e Industria para o conde de Azevedo e Silva Ramos com o Trabalho.

Porém tudo falharia desde os apoios internacionais, até ao do próprio D.Manuel que considerava a aventura de Paiva Couceiro uma coisa sem sentido e que os revoltosos tinham avançado sem o seu consentimento

As tropas republicana saídas de Lisboa, avançavam a caminho do Porto, para abafar a revolta e pelo caminho tomam Lamego no dia 10 de Fevereiro. enquanto decorriam combates em Mirandela e as forças monárquicas em Estarreja tentava opor-se às republicanas concentradas em Aveiro

Uma vez caída esta barreira monárquica e tomada a Régua a queda do Porto estava eminente e perante isso, os chefe mais proeminentes de Paiva Couceiro a Carvalho da Silva e Joaquim Rangel procuraram refugio na Galiza.

A 20 de Fevereiro de 1919 acabou o sonho de restauração monárquica que durara no Norte um mês e um dia-

Na sequência deste desfecho, D.Manuel terá dito "Continuo cada vez mais preocupado com o futuro do nosso querido Portugal, sobretudo após o crime que se cometeu em Janeiro, contra todas as minhas instruções e ordens.

Este acontecimentos e a posição de D.Manuel, viriam a marcar em definitivo a cisão na causa monárquica entre integralistas (que viriam a abandonar a obediência ao Rei) e constitucionalistas

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A monarquia do Norte-Ocupação de Monsanto

A revolta em Lisboa só eclodiu no dia 22 de Janeiro, sob o comando de Aires de Ornelas, apoiado pelo tenente-coronel Álvaro de Mendonça, comandante do regimento de cavalaria 4

Um grupo de cerca de setenta militares e civis monárquicos, chefiados pelo capitão Júlio da Costa Pinto, sobem então para o Forte de Monsanto, onde hasteiam a bandeira da monarquia e estabelecem contacto com o norte.

Marcharam para Monsanto, cerca de 600 cavaleiros, 200 de infantaria outros tantos civis, mais o pessoal de artilharia de Queluz e de outras unidades da capital

Vêm a ficar cercados pelos republicanos em 24 de Janeiro.

Enquanto uns 30 monárquicos saíram da Cruz das Oliveiras em direcção à Ajuda, para ir sublevar o quartel de Infantaria 16, os que ficaram em Monsanto não foram suficientes para suster as forças republicanas que ali se concentraram.

O governo nomeou o tenente-coronel Vieira da Rocha para comandar as forças que iriam atacar Monsanto, um maçon com ligação ao partido democrático que tomara parte nas campanhas de África e de Timor e expedicionário em França.

A principal vulnerabilidade da tropas monárquicas viria a revelar-se na linha de abastecimento, acentuada quando as tropas republicanas asseguraram o cerco com a chegada de tropas do Sul.

Tentaram as tropas de Monsanto, romper esse cerco, forçando com uma coluna mista comandada pelo capitão Solano de Almeida, chegar pela Ajuda a infantaria 16, onde podiam contar com munições e suprimentos, mas encontraram forte resistência das forças republicanas naquela zona comandadas por António Maria Baptista

Os monárquicos, em desvantagem numérica, lutaram até ao fim da tarde, mas o capitão Júlio da Costa Pinto, com alguns feridos graves sob o seu comando - entre os quais Pequito Rebelo e Alberto Monsaraz - , acabou preferindo a capitulação à fuga.

Tinham sido dois dias de luta, com o balanço final de 39 mortos e 330 feridos

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A monarquia do Norte-Instauração

Após a morte de Sidónio Pais acentuou-se o perigo dos conservadores perderem o poder e dum regresso dos democráticos ao poder o que significaria que os monárquicos ficariam de novo na ilegalidade.

Segundo diz o prof.Adelino Maltez

O governo vive a pressão das juntas militares monárquicas e das reacções político-militares republicanas. Como salienta Cunha Leal, a congregação sidonista do republicanismo moderado com o religiosismo católico veio a soçobrar, já depois da sua morte, por força do irridentismo monarquizante.

·Em 18 de Dezembro, juntas militares monárquicas, com Silva Ramos, Carvalho da Silva, Sollari Alegro, Cunha Prelada e Aires Abreu, lançam ultimato ao presidente, para este constituir um ministério de força. Cruz Azevedo põe em causa a lealdade do então ministro da guerra, Álvaro de Mendonça

·Em 23 de Dezembro Tamagnini constitui governo, tentando o meio termo. Nesse mesmo dia João de Almeida tenta um pronunciamento militar monárquico, levando para a serra de Monsanto vários regimentos. Unidades de infantaria, comandadas pelo tenente-coronel Pimenta de Castro e de engenharia não alinham. e, no Porto, constitui-se uma Junta Governativa Militar que, em 3 de Janeiro de 1919, se proclama herdeira e representante da herança sidonista.

Em 8 de Janeiro, Tamagnini Barbosa apresenta novo gabinete perante as Câmaras. Em defesa da "República Velha", Cunha Leal, no Parlamento, e Machado Santos, no Senado, acusam o chefe do governo de cedências às Juntas Militares.

Secundando estas acusações, eclode uma revolta militar favorável à Constituição de 1911 na noite do dia 10, quase simultaneamente em Lisboa (Castelo de S. Jorge e Arsenal de Marinha), Covilhã e Santarém.

Em Lisboa e Covilhã os revoltosos foram rapidamente dominados, mas tal não aconteceu aos militares que, na madrugada do dia 11, se pronunciaram em Santarém. Os revoltosos pediam ao presidente da República a formação de um “governo de concentração republicano” onde ficassem representados os partidos da “Republica Velha”.

Os revoltosos de Santarém depõem as armas no dia 15, perante o tenente Teófilo Duarte,

Porém a 19 de Janeiro Paiva Couceiro com um milhar de soldados, algumas peças de artilharia e o Grupo de Metralhadoras da Guarda Republicana restaurava no Porto a Monarquia Constitucional, hasteando-se a bandeira portuguesa do tempo da Monarquia (Azul e Branca) e cantando-se o hino da Carta Constitucional.

Entretanto é formado um governo nacional provisório formado por

  • Presidência Fazenda e Subsistências-Henrique Paiva Couceiro
  • Reino-António Sollari Alegro
  • Negócios Eclesiásticos e de Justiça e Instrução-Visconde do Banho
  • Guerra Marinha e Comunicações-João de Almeida
  • Estrangeiros-Luís de Magalhães
  • Obra públicas correios e telégrafos-Artur da Silva Ramos
  • Agricultura Comércio Indústria e Trabalho-Conde de Azevedo
Com a excepção de Chaves, no norte do país todos as cidades aderiram ao movimento de restauração da Monarquia.

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terça-feira, 27 de março de 2012

Acontecimento no ano de 1918

  • Sidónio e os monárquicos
Sidónio o presidente da República eleito, embora republicano tentou a conciliação com os monárquicos, pelo que na remodelação governamental em 8 Março de 1918, substituiu ministro unionistas de Brito Camcho por alguns monárquicos, como foi o caso de Martinho Nobre de Melo, que seria nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Os monárquicos duma forma geral só aceitariam a colaboração com governos republicanos em casos excepcionais, pelo que naturalmente estas adesões a Sidónio não foram bem acolhidas por grande parte dos monárquicos . Ao invés o comportamento de João Ulrich, que se recusou a substituir Machado Santos no governo, que declarou só o fazer se essa designação fosse oriunda de D.Manuel II.

Como curiosidade esta família Ulrich de origem alemã, encontrava-se estabelecida em Portugal desde o século XVIII, tendo colaborado na reconstrução de Lisboa após 1755.

  • No fim da guerra
Após o fim da guerra D.Manuel escreve a Aires Ornelas congratulando-se pelo patriotismo que o Partido Monárquico tinha demonstrado durante aquele período, ao mesmo tempo que manifestava a sua preocupação para com os dias que se iriam seguir, como expressava nesse telegrama a 11 de Novembro dizendo

ser dever dos monárquicos ... dar força ao governo para reestabelecer completamente a ordem no nosso querido País e impedir o desenvolvimento das ideias de anarquia.

Não foram bem entendidas estas palavras por alguns, que consideravam a atitude de D.Manuel como uma renúncia à ideia da restauração monárquica, porque segundo eles o fim da guerra fragilizara o regime que favoreceria a sua queda.

  • O assassinato de Sidónio Pais

As dúvidas de D.Manuel sobre a situação no País após o fim da guerra, realmente acentuaram a incomodidade social, sobretudo entre os militares e Sidónio Pais, que levaram à criação de Juntas Militares no Norte e no Sul, cuja a ideia era a de proverem a manutenção da ordem, mas que acabaram por ser acusadas por algumas facções republicanas como pró-monárquicas, em especial a do Norte dirigidas pelo coronel Silva Ramos.

Disposto a resolver o assunto localmente pensando ir ao Porto, o que não chegou a concretizar visto ter sido assassinado quando no dia 14 de Dezembro na Estação do Rossio, antes de apanhar o comboio, por José Júlio da Costa em militante republicano, que se sentiu traído pela falta de palavra das autoridades, num acordo que tinha assinado com trabalhadores num anterior conflito em que participara



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1917

  • Grande actividade no âmbito da Cruz Vermelha
Foi muito intensa a actividade de D.Manuel durante o ano de 1917, no âmbito da sua actividade junto da Cruz Vermelha , procurando intensificara s suas visitas a hospitais onde estariam internados soldados portugueses, mas defrontando-se sempre com imensas dificuldades diplomáticas, para se poder deslocar à frente de batalha, normalmente levantadas pela França, não obstante o seu alto posto na Cruz Vermelha britânica.
  • Nova esperança com a subida de Sidónio ao poder

A subida ao poder de Sidónio Pais em Portugal, trouxe aos monárquicos nova esperança, seguindo as orientações que de Londres D.Manuel fazia chegar ao País, no sentido de se evitar toda e qualquer actividade contra-revolucionária pelo menos até ao fim da guerra.

Realmente Sidónio instaurou uma nova lei eleitoral que instituía pela primeira vez o sufrágio universal para o sexo masculino, que os monárquicos acolheram resolvendo concorrer em todos os círculos e que como se verá viria a colher bons resultados pelo menos muito agradaram a D.Manuel II