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domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Casamento de D-Manuel-Os preparativos

O noivado de D.Manuel e da princesa Augusta Vitória tornou-se oficial no dia 20 de Abril de 1913 e pouco depois anunciado que o casamento teria lugar nos primeiros dias de Setembro, no principado de Sigmaringen.

Em Junho acompanhada pelo pai, a futura rainha deslocou-se a Londres, para ser apresentada à colónia portuguesa ali residente, o que aconteceu num garden-party oferecido por D.Manuel e D.Amélia em Abercorn.

Também D.Manuel decidira mudar de casa. A escolha recaiu numa pequena propriedade em Tickenham , denominada Fulwell Park, de valor sentimental pois ficava próxima do local onde D.Amélia tinha nascido quando a família Orléans se instalara quando do seu exílio.

Em meados de Agosto D.Manuel partiu para Sigmaringen, para poder estar presente no aniversário da princesa sua noiva a 19 de Agosto, bem como acertar algumas questões relacionadas com o contrato nupcial, que o conde de Sabugosa, vinha preparando.

Por curiosidade no contrato final foi acordado que a princesa D.Augusta Vitória renunciava a todos os bens da casa Hohenzollern, acertando-se a questão das partilhas em caso de viuvez ou de sua morte.

O casamento teve lugar no dia 4 de Setembro. D.Amélia chegou no dia 2 e no dia seguinte chegou a maior parte dos convidados, os representantes das principais casas europeias, o futuro Eduardo VIII, o infante Carlos de Espanha, Eitel Friedrich em representação de seu pai Guilherme II da Alemanha, entre outras figuras da monarquia europeia.

Da parte do noivo, foi convidado um grupo restrito de amigos mais chegados. Paiva Couceiro foi convidado , mas não esteve presente. Um pequeno grupo, amigos, membros do Comité de Londres e representantes dos presos e dos combatentes monárquicos.

D.Manuel ofereceu à sua noiva um diadema e D.Amélia um colar antigo cheio de muitas e comovedoras recordações.

De véspera um magnífico banquete para 126 convidados, Numa ementa própria da realeza presente, 9 pratos, frutas e doces, e vinhos das regiões do Reno e Danúbio.

Seguindo-se um sarau musical onde se tocaram peças de Wagner, Thomas, Mozart, Lehar, Weber, Schubert, Moniuszko e Dvorak.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Uma viagem pela Europa

Depois do fracasso da segunda tentativa de Paiva Couceiro de restaurar a monarquia em Portugal, D.Manuel decide iniciar uma viagem a diversos países europeu, acompanhado pelo seu antigo preceptor Kerausch e pelo seu criado António Pereira.

Viajava anonimamente, identificando-se como Conde de Ourém e iniciou a viagem pela Suíça, encontrando-se com sua mãe em Lucerna a quem contou o que já era um desejo ser o de casar com a prima Augusta Vitória.

Seguiria depois para a Áustria donde partiu para a Rússia, começando por Moscovo e para a Crimeia. Depois em 15 de Novembro data do seu aniversário, numa aldeia Tártara, perto de Ialta, trazendo como recordação uma cigarreira, com o o nome da povoação, Harax, gravada.

Em Sampetersburgo foi recebido pelo czar Nicolau II. mas antes de regressar a Richmond ainda deu uma saltadinha a Sigmaringen, por imperativos do coração

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Acontecimentos no ano de 1912(2ºparte)


  • Ultimato do governo espanhol às forças monárquicas
Atendendo ao facto do governo republicano ter conseguido o reconhecimento internacional, legitimava que Portugal exigisse à Espanha a obrigação de exigir ás forças de Paiva Couceiro acantonadas na Galiza que abandonassem a zona.

Perante essa exigência o presidente do conselho Canalejas decidiu fazer cumprir o direito internacional e em Junho de 1912, punha em ultimato aos emigrados na Galiza, "ou abandonavam a Galiza ou entravam em Portugal", impedindo que premanecessem indefinidamente naquele território em atitude hostil, perante o governo republicano de Portugal.


Passaram então os combatentes monárquicos a estacionar menos na mesma zona, movimentando-se no máximo possível de manobras que não revelassem a sua presença. Essa movimentação, por outro lado, dificultava as comunicações entre eles e obviamente tornava premente a tomada duma decisão sobre acção da desenvolver
  • A 2ºincursão de Paiva Couceiro
A pressão exercida sobre os dirigentes do movimento monárquico aumentava a cada dia, também porque a despesa em cada dia aumentava mais, devido à integração de alguns reforços vindos de Portugal.

Assim em princípios de Julho, Paiva Couceiro entra em Portugal com uma coluna de 450 homens, 2 canhões, 2 metralhadoras, 350 espingardas Mauser e 4000 balas, Acompanhados por uma coluna miguelista comandada por Sousa Dias.

Um outra coluna comandada por Vitor Sepúlveda, com 200 homens, irá atacar a praça fronteiriça de Valença, o que intentou a 6 de Julho.

Foram repelidos pelos defensores que os obrigou a retirar para a Galiza, onde as autoridades espanholas procederam ao seu desarmamento. No dia seguinte, Paiva Couceiro e Sousa Dias atravessaram a fronteira com o objectivo de atacarem Chaves, contando com o apoio de eventuais guerrilhas internas, o que não chegou a acontecer.

A coluna de Sousa Dias foi arrasada nas cercanias de Vila Verde, por forças republicanas, sendo obrigada a retirar para Espanha Também Couceiro não obteve os melhores resultados, face à resistência de Chaves e sobretudo devido á chegada ao local da escaramuça, da força republicana que tinha derrotado Sousa Dias, que agora com violentos ataques de artilharia, destroçaram por completo as tropas de Couceiro, que se viram obrigadas a retirar para Espanha, deixando no terreno 167 prisioneiros além das baixas.

Acabara assim a aventura monárquica na Galiza

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A beleza da prima D.Augusta Vitória



Em Abril deste ano de 1912 a conselho médico D.Manuel foi passar uns dias à Suíça para descansar que o levou a Sigmaringen, na floresta negra a fim de visitar o seu primo Guilherme de Hohenzollern, um dos príncipes mas ricos da Europa

Este príncipe havia casado em primeira núpcias com em princesa de Bourbon-Sicilias de quem tivera três filhos, um dos quais do sexo feminino de nome D.Augusta Vitória.


Guilherme vivia no seu castelo sobre o rio Danúbio, que nunca abandonava, por opção própria e que o havia levado a recusar o trono da Roménia a favor do seu irmão Fernando.

A sua casa senhorial estava ligada a várias cortes europeias, inclusivamente com Portugal, atendendo a alguns casamentos entre as duas cortes, nomeadamente D.Estefânia esposa de D.Pedro V, era uma Hohenzollern-Singmaringen e a avó de D.Augusta Vitória, a infanta D.Antónia, filha de D.Maria II e de D.Fernando que casara com o príncipe Leopoldo, donde resultara o nascimento de Guilherme pai de D.Augusta Vitória. nascida em Potsdam a 19 de Agosto de 1890.

O castelo era maravilhoso, quer pela situação geográfica, quer pelo recheio artístico que existia no pequeno museu do castelo, mas tendo uma valiosa colecção de pinturas antigas e esculturas.

Contudo tanto ou mais o que impressionado com as belezas paisagisticas e culturais, parece indesmentível que D.Manuel ficou igualmente impressionado com a beleza de D.Augusta Vitória, que o levou em correspondência privada a dizer " minha prima, bonita, muito fina, muito elegante e agradável".

Como pode ver-se pela fotografia junta D.Manuel não mentira nas sua observação