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terça-feira, 23 de agosto de 2011

A esperança no movimento das espadas


A vida política em Portugal degradava-se também porque as notícias da guerra em África não eram animadoras , como o massacre de Cuangar em Outubro de 1914 e a 18 de Dezembro no sul de Angola no denominado desastre de Naulila.

As necessidades de envio de tropas para a África não encontravam eco positivo porque havia obrigações por causa da guerra na Europa com a necessidade de mobilizar 20000 homens

Surge o denominado Movimento das Espadas em 22 de Janeiro de 1913

Embora como questão de fundo estivesse o descontentamento dos militares face à política governamental favorável à participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, as origens próximas do movimento radicaram-se no mal-estar generalizado sentido pelos oficiais da guarnição de Lisboa face à constante interferência de militares e civis ligados ao Partido Democrático Republicano nos processos de nomeação de oficiais para postos de comando e na sua destituição.

Em consequência desse Movimento, a 25 de Janeiro o Governo presidido por Azevedo Coutinho, demitiu-se e Manuel de Arriaga, num acto que em muito contribuiu para destruir a sua credibilidade como democrata, nomeou o general Pimenta de Castro para governar em ditadura, isto é sem supervisão parlamentar.

O Governo de Pimenta de Castro, suscitou o apoio dos republicanos evolucionistas e unionistas e dos monárquicos, da hierarquia da Igreja Católica e de parte do Exército e do operariado contra a postura do Partido Democrático Republicano de Afonso Costa.

D.Manuel sentiu renascer a possibilidade de poder vir a retomar o trono mas recomendava grande prudência e nada de foguetes antes da festa