- O governo de Teixeira de Sousa
Seguindo a regra, após a queda dum governo progressista, D.Manuel iniciou diligências para a formação dum governo regenerador, porém desde logo este partido pela voz do seu líder anunciou que tal só seria possível após eleições , o que se sabia gorava os intentos do Rei, que queria levar a legislatura até ao fim.
Porém Teixeira de Sousa, o líder regenerador considerou possível apoiar algumas pessoas, na formação dum "governo transitório" até à legislatura seguinte que no seu entender seria de governo do seu partido.
Avançaram inclusivamente com a indicação de alguns nomes possíveis para o cargo de chefe do governo, António de Azevedo, Anselmo de Andrade ou Wenceslau de Lima.
Como nenhum aceitou o rei ainda tentou "convencer" Júlio de Vilhena, que já tinha sido líder regenerador, mas que também recusou.
D.Manuel acaba por compelir Teixeira de Sousa a aceitar o cargo, embora com condições específicas, o ser constituído apenas por regeneradores e a de reunir o conselho de Estado a 27 de Junho, para promover a realização de eleições. O que aconteceu e que por apenas um voto decidiu-se pela dissolução da Câmara e a marcação de eleições para o dia 28 de Agosto.
O governo tinha então a seguinte constituição
- Presidência e Reino - Teixeira de Sousa;
- Justiça - Manuel Fratel;
- Fazenda - Anselmo de Andrade;
- Guerra - Raposo Botelho;
- Marinha e Ultramar - Marnoco e Sousa;
- Estrangeiros - José de Azevedo Castelo Branco;
- Obras Públicas - Pereira dos Santos
- Concluída a Proclamação da Implantação da República
O padre Elísio Campos recebe nas "Escolas Móveis" um telegrama do seguinte teor: "Sim vou rápido tarde = João". Com esta mensagem, João de Deus Ramos comunica que Guerra Junqueiro e Sampaio Bruno já concluíram a redacção da Proclamação de implantação da República.
Elísio Campos, capelão no regimento de Artilharia 1, tinha sido, aliás, quem apresentou a Machado Santos no Grémio Lusitano o capitão do mesmo regimento José Afonso Pala, que desempenharia importante papel no desenrolar dos acontecimentos revolucionários.
Créditos : Fundação Mário Soares
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