No regresso das viagens a Inglaterra e a França, ao rei depara-se o agravamento da crise governamental e pelo crescendo da oposição republicana, consubstanciada na vitória conseguida em 122 juntas de paróquia no dia 29 de Novembro e que condicionaram a demissão do governo de Wenceslau de Lima.
Depois de consultar como habitualmente Luciano de Castro, decidiu confiar a chefia do novo governo a Veiga Beirão, que constituiu um governo inteiramente progressista e portanto mais homogéneo do que os anteriores.
Era a seguinte a sua constituição
- Tenente coronel Francisco Felisberto Dias Costa no reino.
- Artur Montenegro na justiça.
- General José Matias Nunes na guerra.
- Capitão de mar e guerra João António de Azevedo Coutinho na marinha e ultramar.
- António Eduardo Vilaça nos estrangeiros.
- José António Moreira Júnior nas obras públicas.
Governo que tomou posse a 22 de Dezembro de 1909 Todos os ministros eram do partido progressista e todos com experiência governativa.
informação recolhida do portal da iscsp.
- A demissão de Júlio Vilhena
Por não ter sido escolhido, Júlio de Vilhena abandonou a chefia dos regeneradores em 23 de Dezembro.
Esta decisão viria a ter consequências no ano seguinte, provocando uma cisão naquele partido, há muito anunciada mas que tinha agora pretexto para se concretizar. Os membros mais liberais agrupar-se-iam em torno de Teixeira de Sousa, enquanto os mais conservadores davam o seu apoio a Campos Henriques e que naturalmente virá a ser explorado pela propaganda republicana, mostrando a ineficácia e desagregação dos partidos monárquicos.
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