- Apreensões reais antes da partida para Inglaterra
Que o rei andava apreensivo com os últimos escandalosos acontecimento, que serviam para abalar a credibilidade da instituição política, fica bem patente na missiva que mandou a Luciano de Castro, solicitando os seus bons ofícios para que "com a sua autoridade, para que os grupos que tem afinidades se unam para levar a bom termo esta Câmara, em vésperas da sua saída para Inglaterra para assistir às exéquias do rei Eduardo VII entretanto falecido.
José Luciano responde-lhe que acompanha as preocupações reais em especial no que à necessidade da vida parlamentar encontrar a normalidade que permita a aprovação de diplomas que permitissem o funcionamento do governo.
Contudo não deixa de sugerir ao Rei, a dissolução do parlamento e a marcação de novas eleições para que todos os partidos mediante acordo , tivessem a sua legitima representatividade.
Em termos práticos era óbvio que Luciano de castro só pretendia a manutenção no poder dos seus amigos políticos e isso não era de todo a tentativa que D.Manuel preconizava.
- A queda do governo de Veiga Beirão
Enquanto permaneceu na Grã-Bretanha a situação agravou-se de tal modo que quando do seu regresso a 27 de Maio a situação do governo de Veiga Beirão estava completamente insustentável. O primeiro ministro queria a dissolução e o rei de acordo com o que já manifestara a José Luciano, pretendia um acordo partidário, para o funcionamento das Cortes.
Novas irregularidades foram entretanto encontradas no âmbito do caso Crédito Predial, foram feitas prisões e ocorrera o suicídio dum antigo funcionário.
No dia 13 de Junho, D. Manuel não querendo dissolver a Câmara de Deputados, aceita de demissão do governo de Veiga Beirão
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