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domingo, 10 de outubro de 2010

Marcha da revolução republicana(3ªParte)


  • As forças monárquicas
Não pode dizer-se que as forças militares afectas à monarquia tenham sido apanhadas de surpresa, com o golpe, pois desde 1909 que o chefe do estado maior, José Joaquim de Castro, fora incumbido pelo general Gorjão, de estabelecer um plano de defesa.

Assim logo no dia 3 de Outubro, foram postas de prevenção as unidades militares da região de Lisboa em especial o Paço das Necessidades onde se encontrava o rei.

A Guarda Municipal fora distribuida por vários pontos da cidade em locais estratégicos como a Casa da Moeda a Estação dos Correios do Terreiro do Paço e a residência de Teixeira de Sousa, entre outros locais.

Mesmo com esta estratégia a tarefa não foi fácil, pois a penetração das forças republicanas e carbonárias no exército era grande que se traduziu em inúmeras deserções e alguma dificuldade em agir de forma firme sabendo que do outro lado haveria irmão e amigos.

As tropas estacionada na Rotunda foram atacadas pela bateria móvel de artilharia, estacionada junto da Penitenciaria, que provocou algumas baixas pois nessa altura ainda Machado Santos, não organizara convenientemente as forças fiéis a Republica.

Durante todo o dia 4 esperou-se em vão que tropas fiéis à monarquia chegasse da província, mas como foram entretanto cortadas as comunicações telegráficas, só as primeiras emitidas quando da altura da prevenção, para Santarém, e Tomar, foram recebidas, mas não responderam ao apelo.

  • O 2º banquete oferecido a Hermes da Fonseca
Na sequência da visita do presidente da República do Brasil Hermes da Fonseca, foram oferecido um segundo banquete em sua honra na sala de risco do Arsenal da Marinha, que ficaria na História de Portugal como o momento em que os dirigentes do regime monárquico se aperceberam da agitação revolucionária em Lisboa, abandonando a cerimónia e deixando a refeição a meio.

D.Manuel II regressa ao ao Paço das Necessidades e com ele ficaram algumas individualidades e governantes. Jogavam bridge quando o primeiro tiro de artilharia lhe anunciou o momento há muito esperado. El-rei telefonou para o Palácio da Pena informando D.Amélia e D.Maria Pia, que se confirmavam as suspeitas que o governo há muito alertava.

Entretanto começara a debandada há medida que a revolta ganhava forma e pela madrugada junto do rei só se encontravam o seu ajudante de campo o almirante Brito Capelo, o visconde Asseca e o ministro de Espanha o marquês de Vilalobar.


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