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terça-feira, 27 de março de 2012

Acontecimento no ano de 1918

  • Sidónio e os monárquicos
Sidónio o presidente da República eleito, embora republicano tentou a conciliação com os monárquicos, pelo que na remodelação governamental em 8 Março de 1918, substituiu ministro unionistas de Brito Camcho por alguns monárquicos, como foi o caso de Martinho Nobre de Melo, que seria nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Os monárquicos duma forma geral só aceitariam a colaboração com governos republicanos em casos excepcionais, pelo que naturalmente estas adesões a Sidónio não foram bem acolhidas por grande parte dos monárquicos . Ao invés o comportamento de João Ulrich, que se recusou a substituir Machado Santos no governo, que declarou só o fazer se essa designação fosse oriunda de D.Manuel II.

Como curiosidade esta família Ulrich de origem alemã, encontrava-se estabelecida em Portugal desde o século XVIII, tendo colaborado na reconstrução de Lisboa após 1755.

  • No fim da guerra
Após o fim da guerra D.Manuel escreve a Aires Ornelas congratulando-se pelo patriotismo que o Partido Monárquico tinha demonstrado durante aquele período, ao mesmo tempo que manifestava a sua preocupação para com os dias que se iriam seguir, como expressava nesse telegrama a 11 de Novembro dizendo

ser dever dos monárquicos ... dar força ao governo para reestabelecer completamente a ordem no nosso querido País e impedir o desenvolvimento das ideias de anarquia.

Não foram bem entendidas estas palavras por alguns, que consideravam a atitude de D.Manuel como uma renúncia à ideia da restauração monárquica, porque segundo eles o fim da guerra fragilizara o regime que favoreceria a sua queda.

  • O assassinato de Sidónio Pais

As dúvidas de D.Manuel sobre a situação no País após o fim da guerra, realmente acentuaram a incomodidade social, sobretudo entre os militares e Sidónio Pais, que levaram à criação de Juntas Militares no Norte e no Sul, cuja a ideia era a de proverem a manutenção da ordem, mas que acabaram por ser acusadas por algumas facções republicanas como pró-monárquicas, em especial a do Norte dirigidas pelo coronel Silva Ramos.

Disposto a resolver o assunto localmente pensando ir ao Porto, o que não chegou a concretizar visto ter sido assassinado quando no dia 14 de Dezembro na Estação do Rossio, antes de apanhar o comboio, por José Júlio da Costa em militante republicano, que se sentiu traído pela falta de palavra das autoridades, num acordo que tinha assinado com trabalhadores num anterior conflito em que participara



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