A revolta em Lisboa só eclodiu no dia 22 de Janeiro, sob o comando de Aires de Ornelas, apoiado pelo tenente-coronel Álvaro de Mendonça, comandante do regimento de cavalaria 4
Um grupo de cerca de setenta militares e civis monárquicos, chefiados pelo capitão Júlio da Costa Pinto, sobem então para o Forte de Monsanto, onde hasteiam a bandeira da monarquia e estabelecem contacto com o norte.
Marcharam para Monsanto, cerca de 600 cavaleiros, 200 de infantaria outros tantos civis, mais o pessoal de artilharia de Queluz e de outras unidades da capital
Vêm a ficar cercados pelos republicanos em 24 de Janeiro.
Enquanto uns 30 monárquicos saíram da Cruz das Oliveiras em direcção à Ajuda, para ir sublevar o quartel de Infantaria 16, os que ficaram em Monsanto não foram suficientes para suster as forças republicanas que ali se concentraram.
O governo nomeou o tenente-coronel Vieira da Rocha para comandar as forças que iriam atacar Monsanto, um maçon com ligação ao partido democrático que tomara parte nas campanhas de África e de Timor e expedicionário em França.
A principal vulnerabilidade da tropas monárquicas viria a revelar-se na linha de abastecimento, acentuada quando as tropas republicanas asseguraram o cerco com a chegada de tropas do Sul.
Tentaram as tropas de Monsanto, romper esse cerco, forçando com uma coluna mista comandada pelo capitão Solano de Almeida, chegar pela Ajuda a infantaria 16, onde podiam contar com munições e suprimentos, mas encontraram forte resistência das forças republicanas naquela zona comandadas por António Maria Baptista
Os monárquicos, em desvantagem numérica, lutaram até ao fim da tarde, mas o capitão Júlio da Costa Pinto, com alguns feridos graves sob o seu comando - entre os quais Pequito Rebelo e Alberto Monsaraz - , acabou preferindo a capitulação à fuga.
Tinham sido dois dias de luta, com o balanço final de 39 mortos e 330 feridos
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