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domingo, 16 de janeiro de 2011

Acontecimento no ano de 1911

  • A primeira incursão monárquica

Apesar da apreensão face ao êxito da incursão que se preparava, D.Manuel não deixou de enviar uma proclamação a Paiva Couceiro, lamentando não poder estar presente, mas o "seu coração de português e amante do seu País estava com eles". Que Deus proteja a nossa Santa Causa e mais uma vez abençoe a bandeira das Quinas e aqueles que sob ela vão combater pela Pátria e pelo Rei.

Como referi anteriormente a incursão de Couceiro, entrando em Portugal por Cova de Lua, Espinhosela e Vinhais, onde foi hasteada na varanda da Câmara Municipal a bandeira azul e branca, e tomam Chaves.

Três dias mais tarde, derrotadas pelas forças republicanas, as tropas de Paiva Couceiro retiram-se para a Galiza.

O que ficava patente era que D.Manuel apoiava Couceiro, mas este revés veio acabar com as poucas esperanças que depositava na reposição monárquica, Couceiro porém não estaria disposto a aceitar esse revez como definitivo

  • Acordo entre D.Manuel e Paiva Couceiro

Recorde-se agora que desde a aventura miguelista que a família real estava separada, contudo desde o regicídio em 1908, alguma aproximação tinha havido, devido à apresentação das condolências por parte dos "miguelistas".

Ora Couceiro face ao malogro da primeira incursão entende que a repetição de eventual incursão só seria possível com a reunião de TODOS os monárquicos.

Porém a D.Manuel não pode colocar-se a questão plebiscitaria acerca do trono pois como rei aclamado de Portugal, não poderia aceitar qualquer outra situação que não fosse a sua nova aclamação, face a eventual restauração.

Na sequência dessa situação, cada oficial presente na Galiza, escreveu uma carta em que se declarava pela monarquia constitucional, o que significava fidelidade ao rei D.Manuel e a Paiva Couceiro enquanto comandante chefe da revolta.

Todas essa cartas foram enviadas a D.Manuel que pediu a comparência de Couceiro em Richmond e da conferência entre ambos resultou o abandono pela parte de Couceiro, da sua posição política plebiscitaria, mas em contra partida Couceiro conseguiu que D.Manuel concordasse com o prosseguimento dum entendimento com os seus primos miguelistas.




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