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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amnistias e marcação de eleições

As tentativas de D.Manuel para prosseguir a política de acalmação, prosseguiram logo no dia 6 de Fevereiro, publicando um decreto anulando a lei de Imprensa de João Franco, pelo que aconteceu de imediato o reaparecimento dos jornais suspensos Diário Popular, Liberal, O Dia, O País, Correio da Noite, tendo o governo decretado também uma extensa amnistia, que além de abranger a libertação dos marinheiros implicados nas insubordinações ocorridas a bordo dos navios de guerra em Abril de 1906, também abrangeu os implicados no golpe falhado de 28 de Janiero.

Após a tomada destas medidas, com a tomada de posse dum governo de equilíbrio entre as forças políticas monárquicas mais importantes, o afastamento de João Franco que havia partido para o exílio em Espanha, logo no dia 5 de Fevereiro, parecia estarem tomadas as medidas principais mas faltava um passo para voltar à normalidade constitucional, as eleições.

Nesse sentido o Conselho de Estado de 27 de Fevereiro deliberou dissolver as Cortes e marcar novas eleições para o dia 5 de Abril.

Acalmação sempre difícil quando se fala de eleições e de lugares no parlamento, que dsde logo motivou as discórdias habituais entre os chefes dos partidos e o governo.

Ferreira do Amaral convida Miguel Bombarda conceituada figura como director de Rilhafoles que aceita, para integrar as listas mas como deputado independente pelo circulo de Aveiro. Este convite e os esforços que Ferreira do Amaral intentou, para incluir nas listas de deputados os apaniguados de José Maria Alpoim, para muitos um dos implicados como instigador no regicídio, foram as acções mais controversas do chefe do governo, para conseguir, que o acto eleitoral e o parlamento que dele resultasse, obtivesse um amplo consenso e sobretudo a tão desejada acalmia política

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