- O governo de Wenceslau de Lima
No entretanto mais duelos aconteceram, fazendo com que o alvoroço tomasse grandes proporções e durante 16 dias a Câmara não pode funcionar por falta de quorum e claramente Sebastião Teles não tinha condições para iniciar as suas funções.
de novo o Rei a tentar evitar a dissolução do Parlamento, porque já anteriormente a havia recusados , muito embora desta vez os tumultos tenham sido provocados pela maioria parlamentar.
A decisão a tomar provocou "atritos de opinião" entre o Rei e o velho líder Luciano de Castro, que se acusavam mutuamente de responsabilidade pelas sucessivas quedas de ministérios. Luciano de Castro pretendia a dissolução e o rei considerava um erro oferecer a dissolução ao governo quando este a não tinha pedido.
A opção do Rei pela formação dum governo extra partidário, acabou por vingar. Depois de consultadas várias personalidades, D.Manuel II acaba por nomear Wenseslau de Lima para constituir governo.
Em 14 de Maio o rei deu posse a um novo governo formado por políticos sem filiação partidária, mas que teria nas Câmaras o apoio do bloco regenerador-dissidente.
Foi então assim constituído o governo de Wenceslau de Lima (retirado daqui )
Presidente-Wenceslau de Lima que acumula o reino
- ·Francisco José de Medeiros, magistrado, na justiça
- ·Francisco de Paula Azeredo, filho do conde de Samodães, lente da politécnica do Porto e amigo pessoal de Wenceslau, na fazenda
- ·General Elvas Cardeira na guerra
- ·Comandante Manuel Terra Pereira Viana, lente da politécnica do Porto e amigo pessoal de Wenceslau, na marinha e ultramar
- ·Coronel Carlos Roma do Bocage nos estrangeiros
- ·Coronel Alfredo Barjona de Freitas, ex-governador de Cabo Verde, nas obras públicas
O que o tramará não serão questões de natureza política, até conseguirá fazer aprovar um orçamento e outras medidas urgentes, mas de natureza religiosa como se verá.
- Abril, 24 e 25-Congresso do Partido Republicano
Realizou-se em Setúbal, constatando-se o crescimento dos partidários que defendiam uma acção revolucionária, de tal forma que desse congresso saiu um novo Directório a quem foi confiado mandato para essa tarefa.
Os membros efectivos desse Directório foram Teófilo Braga, Basílio Teles, José Relvas, Eusébio Leão e Cupertino Ribeiro. a que foi adstrito um comité revolucionário formado por Afonso Costa, João Chagas, António José de Almeida, e Cândido dos Reis.
Neste congresso e pela primeira vez esteve representada uma organização feminina a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas
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