- A criação do departamento ortopédico do hospital de Sheperds Bush
Em plena guerra e no âmbito da sua adesão à Cruz Vermelha D.Manuel II, foi em missão à França e à Belgica para se inteirar e relatar o que estava a ser feito nos hospitais em relacção aos casos ortopédicos, ficando de imediato sensibilizado com o sofrimento dos jovens soldados e a sua incpacidade para no futuro retomarem a vida activa.
Desenvolveu os maiores esforços para que nos hospitais britânicos fossem criados departamentos ortopédicos, bem como a fundação dum hospital inteiramente dedicado a esta especialidade.
A ele se deveu pois a criação do departamento ortopédico do hospital de Sheperds Bush, que por sua insistência continuou a funcionar até 1925, assistindo aos mutilados de guerra.
Diziam o seguinte no seu comunicado
A Junta Central do Integralismo Lusitano julga necessário, nesta hora de perigo colectivo, definir a sua atitude política, justificando-a perante a opinião pública monárquica, isto é, perante o País.
É um momento gravíssimo o que estamos vivendo, dos mais graves porventura que oito séculos de História Pátria têm presenciado. Nenhum português pode alegar o direito de calar as suas ideias, num comodismo anti-patriótico e degradante.
Acha-se talvez em jogo a própria existência da nacionalidade. É indispensável que, no fim desta guerra, caso mercê de Deus não vença o estrangeiro do exterior, o estrangeiro do interior não possa também vencer. O curso poderoso e fecundo da tradição nacional deve quanto antes restabelecer-se em toda a sua amplitude passada, para que as energias ocultas da Raça, latentes há muitos anos, consigam de novo germinar. Queiram ouvir-nos os portugueses de boa vontade e a Pátria não morrerá. A aliança inglesa foi obra da nossa velha Monarquia, diremos mesmo, foi uma das suas obras primaciais, o factor máximo que, durante tantos séculos de Independência, permitiu ao grande orgulho português de povo livre afirmar sempre, em face do reino vizinho, a sua heróica rebeldia. Não negamos que em diversas épocas da História tivessemos tido elementos próprios de defesa ante a expansão tentacular do génio castelhano. Toda a política diplomática dos Reis de Portugal durante setecentos anos de continuidade governativa, resumiu-se em encontrar fora da Pátria (já que a Pátria era tão exígua de limites), o necessário ponto de apoio para essa estranha resistência colectiva que força alguma consegue quebrar e cujo valor a Espanha, mais do que as outras nações, pela dura experiência pessoal, considera invencível. As expedições a Arzila e a Ceuta, o domínio do Oriente, a tentativa malograda de Alcácer e por fim o império colonial brasileiro foram várias fases dessa hábil e sensata diplomacia dos Monarcas Portugueses que nunca esqueceram, por acto algum de pública governança, que o coração da Pátria lhes batia dentro do peito. Mas entre as mais notáveis épocas do passado tivemos alguns crepúsculos de glória, alguns instantes de hesitação na conquista do triunfo, em que a nossa boa estrela, brilhando menos, quasi deixou de alumiar-nos o caminho. Foi em tais momentos de reconhecida mas nunca confessada fraqueza, que três dinastias de soberanos, de D. João I - o mais sensato - a D. Carlos - o mais ilustre - foram procurar sempre na terra inglesa onde apoiar a lança dos seus maiores.
Assim pensa também o Senhor Dom Manuel II, incarnação viva da Pátria, supremo árbitro dos interesses nacionais, pedindo-nos o sacrifício, nas aflitivas circunstâncias presentes, de estarmos ao lado do governo da república e de lhe prestarmos todo os nosso apoio, patriótico e desinteressado. É na verdade um sacrifício enorme o de se oferecerem serviços de qualquer natureza a individualidades políticas que tanto e por tantas formas nos têm ofendido.
Mas Quem pode mandar, mandou, e Quem pode mandar, convençamo-nos bem, conhece melhor do que nós a situação internacional do País. Vê melhor do que ninguém através da apertada rede da diplomacia britânica, achando-se dia a dia em contacto com o soberano inglês e com o alto governo da nação aliada, que sempre lhe dispensaram as maiores provas de consideração política e de inegável estima pessoal.
Hoje, na nossa aliança com a Inglaterra, obra da nossa antiga monarquia, representando-nos oficialmente os dirigentes do regime actual e tudo o que não fosse auxiliá-los com abnegação e lealdade, na hora do perigo comum, poderia parecer aos olhos dos governantes britânicos, uma quebra dos velhos pactos de união por parte de quem os fez.
Terminavam dizendo
O Integralismo Lusitano, por tudo quanto fica exposto, fiel aos seus princípios de disciplina política e absoluto respeito pela suprema dignidade da função régia, sem a qual não há vida social possível, nem ordem pública que dure, resolve acatar inteiramente as instruções d’O Mais Alto Representante da Nação.
a Junta Central
Desenvolveu os maiores esforços para que nos hospitais britânicos fossem criados departamentos ortopédicos, bem como a fundação dum hospital inteiramente dedicado a esta especialidade.
A ele se deveu pois a criação do departamento ortopédico do hospital de Sheperds Bush, que por sua insistência continuou a funcionar até 1925, assistindo aos mutilados de guerra.
- A declaração de obdiência do Integralismo Lusitano
Diziam o seguinte no seu comunicado
A Junta Central do Integralismo Lusitano julga necessário, nesta hora de perigo colectivo, definir a sua atitude política, justificando-a perante a opinião pública monárquica, isto é, perante o País.
É um momento gravíssimo o que estamos vivendo, dos mais graves porventura que oito séculos de História Pátria têm presenciado. Nenhum português pode alegar o direito de calar as suas ideias, num comodismo anti-patriótico e degradante.
Acha-se talvez em jogo a própria existência da nacionalidade. É indispensável que, no fim desta guerra, caso mercê de Deus não vença o estrangeiro do exterior, o estrangeiro do interior não possa também vencer. O curso poderoso e fecundo da tradição nacional deve quanto antes restabelecer-se em toda a sua amplitude passada, para que as energias ocultas da Raça, latentes há muitos anos, consigam de novo germinar. Queiram ouvir-nos os portugueses de boa vontade e a Pátria não morrerá. A aliança inglesa foi obra da nossa velha Monarquia, diremos mesmo, foi uma das suas obras primaciais, o factor máximo que, durante tantos séculos de Independência, permitiu ao grande orgulho português de povo livre afirmar sempre, em face do reino vizinho, a sua heróica rebeldia. Não negamos que em diversas épocas da História tivessemos tido elementos próprios de defesa ante a expansão tentacular do génio castelhano. Toda a política diplomática dos Reis de Portugal durante setecentos anos de continuidade governativa, resumiu-se em encontrar fora da Pátria (já que a Pátria era tão exígua de limites), o necessário ponto de apoio para essa estranha resistência colectiva que força alguma consegue quebrar e cujo valor a Espanha, mais do que as outras nações, pela dura experiência pessoal, considera invencível. As expedições a Arzila e a Ceuta, o domínio do Oriente, a tentativa malograda de Alcácer e por fim o império colonial brasileiro foram várias fases dessa hábil e sensata diplomacia dos Monarcas Portugueses que nunca esqueceram, por acto algum de pública governança, que o coração da Pátria lhes batia dentro do peito. Mas entre as mais notáveis épocas do passado tivemos alguns crepúsculos de glória, alguns instantes de hesitação na conquista do triunfo, em que a nossa boa estrela, brilhando menos, quasi deixou de alumiar-nos o caminho. Foi em tais momentos de reconhecida mas nunca confessada fraqueza, que três dinastias de soberanos, de D. João I - o mais sensato - a D. Carlos - o mais ilustre - foram procurar sempre na terra inglesa onde apoiar a lança dos seus maiores.
Assim pensa também o Senhor Dom Manuel II, incarnação viva da Pátria, supremo árbitro dos interesses nacionais, pedindo-nos o sacrifício, nas aflitivas circunstâncias presentes, de estarmos ao lado do governo da república e de lhe prestarmos todo os nosso apoio, patriótico e desinteressado. É na verdade um sacrifício enorme o de se oferecerem serviços de qualquer natureza a individualidades políticas que tanto e por tantas formas nos têm ofendido.
Mas Quem pode mandar, mandou, e Quem pode mandar, convençamo-nos bem, conhece melhor do que nós a situação internacional do País. Vê melhor do que ninguém através da apertada rede da diplomacia britânica, achando-se dia a dia em contacto com o soberano inglês e com o alto governo da nação aliada, que sempre lhe dispensaram as maiores provas de consideração política e de inegável estima pessoal.
Hoje, na nossa aliança com a Inglaterra, obra da nossa antiga monarquia, representando-nos oficialmente os dirigentes do regime actual e tudo o que não fosse auxiliá-los com abnegação e lealdade, na hora do perigo comum, poderia parecer aos olhos dos governantes britânicos, uma quebra dos velhos pactos de união por parte de quem os fez.
Terminavam dizendo
O Integralismo Lusitano, por tudo quanto fica exposto, fiel aos seus princípios de disciplina política e absoluto respeito pela suprema dignidade da função régia, sem a qual não há vida social possível, nem ordem pública que dure, resolve acatar inteiramente as instruções d’O Mais Alto Representante da Nação.
a Junta Central
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