A abertura das cortes ocorreu no dia 24 de Setembro com o habitual discurso por D.Manuel II, que anunciava um conjunto de medidas, sobre propostas legislativas a ocorrer que consubstanciavam o programa do governo a apresentar nas câmaras.
Entre as propostas a submeter destaca-se revisão da Carta constitucional a apresentar e que apontava para a reorganização da Câmara dos Pares, a reforma da lei eleitoral, que apontava para a redução dos círculos plurinominais, mais as reformas do Código Administrativo e da Justiça abrangendo o direito comercial e civil e a organização judiciária, também a reforma da administração financeira e da militar.
Enfim um vastíssimo conjunto de reformas que modificariam por certo o País, mas irrealista tendo em conta o cenário da tradição política e da instabilidade, para além das dificuldades financeiras também habituais.
Porém tudo não passou de fantasia, a realidade foi outra porque dois dias depois as cortes foram adiadas para 12 de Dezembro. Para além do ambiente de oposição ao governo nas Câmaras, quer das variadas facções monárquicas, quer da oposição republicana, o clima nas ruas era de tensão esperava-se que "acontecesse qualquer coisa" a todo o momento
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