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segunda-feira, 7 de junho de 2010

As viagens a Espanha e Inglaterra



A 7 de Novembro, D.Manuel II, parte em viagem porque decidiu aceitar convites que lhe havia sido endereçado e que para o rei tinham objectivos bastante precisos, nos campos diplomáticos e políticos.

A comitiva real era composta por Carlos Roma du Bocage, Ministro dos Negócios Estrangeiros, por parte do governo e o conde de Sabugosa o mordomo-mor, o ajudante-de-campo, D.Fernando Serpa Pimentel, o secretário, o marquês do Lavradio e o médico Dr. Mello Breyner, conde de Mafra, entre outro staff.

Entretanto em Portugal o seu tio o infante D.Afonso ficou como regente.

Em Madrid foi recebido por Afonso XIII e viria a permanecer por ali durante 4 dias onde para além da parte lúdico-folclórica, D.Manuel não esqueceu os seus objectivos, no sentido de estreitar as relações comerciais entre os dois países, em especial a cortiça

Também a questão do casamento de D.Manuel foi abordada, manifestando Afonso XIII vontade que o casamento do nosso rei aconteça com uma princesa inglesa.

De Espanha a comitiva real partiu para Inglaterra, onde depois do desembarque em Portsmouth e da recepção pulo Príncipe de Gales, partiram para Windsor, onde a comitiva portuguesa foi recebida pelo rei Eduardo VII, pelo governo e pela alta nobreza britânica.

Por entre as festas e recepções e da atribuição da Ordem da Jarreteira ao nosso rei, de novo a questão do casamento veio à tona perfilando-se 3 possíveis noivas, Victória Patrícia filha do influente duque de Connaught, Maud filha do duque de Fife e uma filha do duque de Edimburgo.

Contudo o problema religioso, afastou essa possibilidade, nomeadamente com Maud, com cuja família as negociações estiveram adiantadas.

Os receios era que as suas filhas por força do casamento com um rei católico se vissem constrangidas a abandonar os seus princípios religiosos anglicanos

O Partido Republicano Português a quem desagradavam a mercês que o rei era alvo e também a eventualidade do casamento com uma princesa inglesa, moviam por intermédios das lojas maçónicas no sentido de dificultar essas iniciativas, insistindo na divulgação da ideia das dificuldades da coroa e de Portugal, que conduziriam á sua queda em breve anunciada.


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